segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Esperança na escola

Está semana eu estava lembrando do quanto havia ficado satisfeito quando, no final do ano passado, o município de Buíque atingiu 51.990 habitantes. O que eu achei interessante nisso foi o motivo pelo qual eu fiquei satisfeito, não foi porque o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) do município seria mantido (caso a população ficasse abaixo de De 50.941habitantes, o FPM cairia), também não foi porque eu trabalhei no censo e estava querendo “mostrar serviço”, foi por um motivo mais ingênuo ainda: Eu gostaria de ver nosso município com uma escola técnica.

         Antes de explicar onde a escola técnica entra nessa história, eu quero citar um momento interessante que ocorreu na faculdade. No meio de uma aula certo professor expôs uma ideia, que por sinal não gostei, pra falar a verdade eu esperava mais de um professor universitário... mas bem, ele argumentou que, como todos sabemos, a educação pública – tanto a básica quanto o ensino médio – são ineficientes, ou seja, ruins mesmo, e comparou com a educação privada – para os mesmos níveis – onde concordamos que o ensino particular (pago) é bem melhor que o público (de graça). Após isso ele nos mostrou que o governo gastava em média por mês R$ 300,00 por aluno do ensino médio, isso é um valor que daria para pagar uma escola particular, assim ele finalizou: “por que então não excluímos as escolas públicas (as ruins) e o governo paga bolsas de estudos, nas escolas particulares (que são as boas), para os alunos que não podem pagar?” Encrenqueiro como sou levantei a mão imediatamente, quando ele assentiu eu disse: “a universidade pública, no geral, aqui no Brasil é, de longe, melhor do que as particulares, então se o governo consegue fazer escolas de terceiro grau muito boas, por que não pode fazer o mesmo com as outras?”

         O desfecho dessa discussão é irrelevante no momento, mas eu fiquei pensando em como a escola pública poderia ser boa, e junto com meus botões comecei a idealizar um modelo de escola baseado nas escolas de nível médio técnicas, tipo o antigo CEFET onde o mais próximo está em Pesqueira. Nessas escolas eu pude observar uma série de vantagens que contribuiriam e muito para o desenvolvimento de municípios como o nosso, com isso podemos imaginar como seria bom uma dessas escolas aqui em Buíque. Assim, voltando à questão do primeiro parágrafo, o motivo ingênuo que me levou a ficar satisfeito por nosso município ter atingido essa população foi o fato da Presidente Dilma ter, durante a campanha eleitoral, prometido que “construiria escolas técnicas em municípios com mais de 50 mil habitantes”. Eu disse que era um motivo ingênuo, mas pelo menos uma coisa eu sei, nosso município estará dentre os que receberão escolas técnicas, caso ela cumpra a promessa e, além disso, se alguma autoridade política local concordar comigo, que seria bom uma escola dessas aqui, o mesmo poderia numa de suas viagens a Recife ou Brasília, lembrar a um deputado e outro dessa promessa e quem sabe se ela não se realizasse mais facilmente.

         Esta foi a primeira de uma série de postagens sobre a educação. Nas próximas crônicas eu vou expor meu ponto de vista sobre essa idéia de escola que foi citada e falar sobre o modelo de escola pública de qualidade que andei pensando, além de fazer um balanço comparando o valor dos recursos federais que a prefeitura municipal teve a disposição em 2010 com os resultados do IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica -, obrigado.         

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